
Na passada sexta-feira, dia 17 de maio, o auditório da Universidade do Minho foi palco da sessão final da 9.ª edição do Eco Parlamento, um evento que contou com a participação de estudantes de oito agrupamentos de escolas de Guimarães que se reuniram para apresentar, defender e votar nos melhores projetos de sustentabilidade, num momento marcado pela participação ativa e pelo entusiasmo dos envolvidos.
Este ano, o Eco Parlamento contou com a presença do eurodeputado João Albuquerque, que destacou a importância da educação ambiental e do envolvimento dos jovens na construção de um futuro mais sustentável. No seu discurso, João Albuquerque elogiou a qualidade dos projetos apresentados e considerou que esta iniciativa deita por terra a ideia que os jovens não estão interessados na política. “Não há melhor forma de combater o populismo e de combater aqueles que querem minar a nossa saúde democrática do que fazer este tipo de iniciativas”, começou por dizer o eurodeputado. “A experiência de identificarem os problemas na vossa freguesia, na vossa escola, na vossa cidade, depois trabalharem nas soluções e identificarem quais são os parceiros ideais para desenvolverem as vossas ideias e no final concretizarem essa mesma ideia, é um exemplo, absolutamente extraordinário de cidadania, daquilo que deve ser, efetivamente, o conceito de participação ativa e que define o que todos devemos ser enquanto cidadãos e cidadãs de Portugal e da Europa”, completou.
A vice-presidente e vereadora da Educação da Câmara Municipal de Guimarães, e presidente do Laboratório da Paisagem, Adelina Pinto, considerou que o trabalho realizado foi muito importante para “fazer a diferença hoje”. “Temos que esquecer esta ideia de que vamos fazer a diferença daqui a 10 anos. Temos que fazer a diferença hoje, alicerçada no presente. Diz-se sempre que as crianças e os jovens são o futuro. Não, são o presente”. Afirmou a autarca. “E nós temos que trabalhar para eles no presente e quanto mais eles se empoderarem no presente melhor é o futuro”, concluiu Adelina Pinto sem esquecer de sublinhar “o papel importantíssimo” que os professores têm para a concretização desta iniciativa que já conta com nove edições.
Os projetos, previamente selecionados e discutidos na primeira sessão da iniciativa em março, foram novamente apresentados pelos estudantes, que demonstraram grande capacidade de argumentação e um profundo entendimento das questões ambientais. Cada grupo teve direito a 10 minutos para apresentar as respetivas ideias, seguidos de cinco minutos de debate. As propostas abrangeram uma ampla gama de temas, desde a redução de resíduos plásticos até a promoção de energias renováveis e a conservação da biodiversidade local.
O evento, transmitido em direto no Facebook do Laboratório da Paisagem, permitiu que um público mais amplo pudesse acompanhar as apresentações e participar na votação. A interatividade proporcionada pela transmissão ao vivo reforçou a interação da comunidade e deu visibilidade às ideias inovadoras dos jovens de Guimarães.
No final da sessão, os melhores projetos foram premiados, reconhecendo o esforço e a criatividade dos estudantes. Dos oito agrupamentos a concurso - Agrupamento de Escolas da Abação, Abel Salazar, Fernando Távora, Pevidém, das Taipas, Vale de S. Torcato, Virgínia Moura, Colégio do Ave – foram premiados três, tendo o 1. lugar sido arrecadado pelo Agrupamento de Escolas Fernando Távora, o 2.º lugar pelo Agrupamento de Escolas Virgínia Moura e o 3.º lugar pelo Agrupamento de Escolas de Pevidém.