
O Teatro Jordão foi o palco das meias-finais do Torneio de Retórica organizado pela Associação de Socorros Mútuos Artística Vimaranense (ASMAV) e volta a receber, a 24 de outubro, a final desta competição que conta com o apoio do Município de Guimarães.
Esta iniciativa, dirigida aos alunos das Escolas Secundárias de Caldas das Taipas, Francisco de Holanda, Martins Sarmento e Santos Simões, envolveu cerca de 1 350 jovens para trabalharem a capacidade de argumentação e retórica sobre diversos temas da atualidade.
As eliminatórias aconteceram entre janeiro e junho a nível interno nas escolas secundárias e as meias-finais entre escolas deste Torneio de Retórica realizaram-se a 07 de outubro, com uma disputa, da parte da manhã, entre a Escola Secundária Francisco de Holanda e o Agrupamento de Escolas Santos Simões num debate dedicado ao tema “Sim ou não ao fim dos livros analógicos nas escolas?”.
À tarde, foi a vez da Escola Secundária Martins Sarmento e da Escola Secundária das Taipas debaterem o tema “Sim ou não à proibição de recolha e uso dos dados de navegação digital dos cidadãos por parte de empresas privadas”.
Na final do Torneio de Retórica propõe-se debater o tema “Sim ou não à taxação dos lucros excessivos e inesperados das grandes empresas?”. Para o efeito, a Escola Francisco de Holanda terá que defender o ‘Sim’ e a Escola Martins Sarmento, por sua vez, vai defender o ‘Não’.
O júri, composto por membros da ASMAV, da Câmara Municipal de Guimarães e da Associação de Debate Universitário Competitivo da Universidade do Minho, terá a cargo a decisão de escolher os melhores grupo de “artistas” de retórica entre Alberto Garção, Bruno Baião e Maria Machado da Escola Francisco de Holanda e Catarina Mesquita, Daniel Pinto e Tiago Gomes da Escola Martins Sarmento.
A vereadora da Educação do município, Adelina Pinto, na apresentação pública deste projeto, considerou que o Torneio de Retórica é “uma forma de contribuir para desbloquear os nossos jovens depois de um período de confinamento devido à pandemia da Covid-19” e afirmou o compromisso da autarquia enquanto “agente facilitador para o desenvolvimento de competências que são extremamente importantes para o futuro dos nossos jovens”.
Por sua vez, Francisco Teixeira, em representação da ASMAV, apontou que estes torneios já despertam “grande interesse em vários países da Europa e ainda nos Estados Unidos”, ressalvando que a grande novidade em Portugal é a realização deste tipo de debates nas escolas secundárias. “Estamos a criar uma componente de abertura à sociedade e fazer com que as escolas possam interagir entre si nestes debates”, salientou.