
É o adjunto executivo da delegação de Guimarães da Cruz Vermelha Portuguesa e o coordenador do eixo do Bem-estar Social do plano local do programa Guimarães, Cidade Amiga das Crianças. Falamos de Armando Guimarães, um especialista na gestão das organizações da Economia Social que tem vindo a ajudar o desenvolvimento de todos os projetos com que se envolve. O sucesso pode não ser certo, mas o compromisso é garantido.
Guimarães, Cidade Amiga das Crianças (GCAC) - Quem é Armando Guimarães por trás do profissional?
Armando Guimarães (AG) - Começando por Guimarães, sou uma pessoa que adora a cidade, que adora tudo aquilo que é o seu património material e imaterial. Acho-me uma pessoa tranquila, tento ser uma pessoa empática, sou muito sensível às causas sociais e uma pessoa muito leal aos amigos e à família.
GCAC - Enquanto sensível a causas sociais, quando é que essa sensibilidade, olhando para trás se é que a consegues identificar, surgiu na tua vida?
AG - Eu desde bem cedo fiz voluntariado associativo. Agora, no que diz respeito às causas sociais propriamente ditas, eu acho que por volta dos meus 17, 18 anos, comecei a ter uma sensibilidade maior sem grande participação. Até que ingressei na Cruz Vermelha em 2003, 2004, e aí sim, fiquei sempre ligado de forma mais efetiva às causas sociais de uma forma sistemática e organizada. Embora já fizesse voluntariado associativo há algum tempo.
GCAC - De que género?
AG - Fundamentalmente numa associação de Guimarães no Grupo Desportivo Oliveira do Castelo que é a minha casa associativa, onde toda a minha família está ligada. Curiosamente, foi criada dois ou três meses antes de eu ter nascido, em maio de 1977, eu nasci em agosto de 77. Portanto, há uma relação muito umbilical e familiar com a associação, da qual ainda hoje eu sou o presidente da Assembleia Geral e, portanto, há uma relação muito forte em termos associativos com a organização, em temos daquilo que ela dinamiza em termos culturais, de identidade.
GCAC – E desde 2003 nasceu a ligação à Cruz Vermelha…
AG - Sim, fundamentalmente à Cruz Vermelha. E a partir daí, comecei, conforme estava a dizer, em termos mais associativos ou pelo menos, de forma mais direta, sistemática e organizada desde outubro de 2004, fiquei ligada à Cruz Vermelha e, portanto, é daí que começa a decorrer uma relação mais próxima com outras causas sociais e com outras organizações.
GCAC - E em termos académicos, como foi o teu percurso?
AG - Sou licenciado em Filosofia com especialização em Filosofia da Educação.
GCAC - E depois surgiu a área da Economia Social….
AG - Exatamente por causa disso. Eu sou professora e portanto a minha base é a licenciatura na área do ensino mas na verdade quando comecei a trabalhar com a Cruz Vermelha, comecei a trabalhar com organizações mais conhecidas como sem fins lucrativos, de Economia Social e, portanto a trabalhar fundamentalmente na área da gestão das organizações. Então mesmo em termos académicos e profissionais a minha vida mudou toda para essa área. Depois fiz o mestrado em Economia Social, fui fazendo um master e pós-graduação na área da Gestão das Organizações, Estratégia e Competitividade e o caminho foi-me levando mais para a área da gestão das organizações da Economia Social e agora continuo cá.
GCAC - E esse percurso, no fundo, demonstra que muitas das vezes as pessoas acham que o voluntariado, associativismo ou as organizações sem fins lucrativos não têm uma base de gestão que justifica a sua sustentabilidade…
AG - Tem sido uma discussão muito grande a este nível. Eu defendo que as organizações sem fins lucrativos, o associativismo embora tenha uma base de voluntariado muito forte, as direções são de voluntários, mesmo aqui na Cruz Vermelha as direções são voluntárias. O que não invalida que essas organizações não tenham de ser geridas, para mim, como se fossem empresas. Nós temos sempre alguma relutância em falar no lucro, se quiserem, os proveitos. A sustentabilidade e o desenvolvimento e uma melhoria dos serviços e de todos os recursos que permitem que nós façamos e tenhamos bons serviços de apoio à comunidade resulta precisamente daí: De uma boa capacidade de gestão, portanto, sou absolutamente defensor da gestão profissional destas organizações que não retira em nada a natureza social, se for o caso, que é o nosso caso. Não retira em nada nem a natureza social nem humanitária da organização, simplesmente achamos que, até pela dimensão da organização, tem de ter uma gestão profissional.
GCAC - E tu agora à frente da Cruz Vermelha que contributo tens dado?
AG - Fundamentalmente eu vejo muito a liderança como uma liderança servidora. Eu sinto, na função em que estou, enquanto adjunto executivo, eu fundamentalmente estou cá para ajudar os profissionais, os voluntários da Cruz Vermelha a desenvolverem o seu serviço o melhor que sabem porque quanto melhor nós formos, melhor conseguiremos servir a população, neste caso a população vimaranense. Tenho isto com um sentido de missão e eu existo, ou a minha função existe, para criar condições, sejam elas económicas, sejam elas estruturais, sejam elas logísticas, e na relação com as entidades parceiras, para que a Cruz Vermelha possa prestar um bom serviço. É fundamentalmente assim que eu vejo a função do adjunto executivo e aliado a isto, claro está, conforma estávamos a dizer há pouco, ter uma gestão profissional que seja capaz de criar condições para que a organização seja sustentável. Também procurar novos parceiros, procurar novos projetos, novas áreas de intervenção. Eu acho que esse é o papel do adjunto executivo.
GCAC - Trata-se de uma entidade nacional e internacional. Há essa liberdade para fazer um caminho próprio?
AG - É assim, é uma liberdade limitada, embora nós tenhamos autonomia financeira. Portanto, nós somos uma delegação da Sociedade Nacional da Cruz Vermelha Portuguesa depois há a Federação Internacional e há o Comité Internacional. Nós temos liberdade para definir o nosso plano de atividades de acordo com as orientações estratégicas, quer da Cruz Vermelha Portuguesa, quer também da própria Federação. E nós seguimos a estratégia 2030, que está definida pela Federação Internacional e da qual a Cruz Vermelha Portuguesa trabalha e emana muitas das suas atividades. Nós temos o nosso plano de atividades, porque nós somos 170 ou 180, agora não posso precisar, delegações, estruturas locais da Cruz Vermelha - grosso modo, nós temos um âmbito de intervenção muito semelhante – há delegações que têm um conjunto de atividades e outras têm outro. Nós temos autonomia para definir.
GCAC - Por mais que pareça que toda a gente sabe o que é que a Cruz Vermelha faz na delegação de Guimarães, nunca é demais reforçar: quais são as atividades, os projetos e os serviços que promove?
AG - Eu acho que a Cruz Vermelha de Guimarães começa logo por ser reconhecida, na minha opinião, pelo seu voluntariado, fundamentalmente o voluntariado hospitalar que tem quase 30 anos. Depois tem uma força muito grande de voluntariado, inclusive nas organizações de referência, falo da Casa da Criança, recordo-me do Centro Social S. José, do estabelecimento prisional de Guimarães, o Hospital de Guimarães, conforme havia dito, a unidade de cuidados continuados da Santa Casa da Misericórdia… É provável que me esteja a esquecer aqui de alguns, também das escolas… O voluntariado é um dos sete princípios da Cruz Vermelha mundial. O voluntariado está na génese da Cruz Vermelha, ela nasceu com o voluntariado. Não é por acaso que a Cruz Vermelha não é senão a maior organização humanitária do mundo, que envolve mais voluntários e tem na sua génese precisamente a prática do voluntariado, a promoção do voluntariado. E, portanto, é a razão pela qual ele é um dos nossos sete princípios. No que diz respeitado à Cruz Vermelha de Guimarães, alguns serviços começam a ser referência. Temos agora o serviço de transporte de doentes não urgentes e, portanto, uma estrutura operacional de emergência, que também apoia eventos desportivos, culturais - o mais conhecido é o apoio que damos ao Vitória Sport Clube nos jogos do Vitória. Temos também o apoio social na área da intervenção social onde damos apoios diferentes. E temos também aqui, conjuntamente com o município, a coordenar o Guimarães, Concelho Cuidador, nomeadamente o Gabinete de Apoio ao Cuidador. Temos também a formação de adultos num protocolo com o IEFP, fundamentalmente na área dos técnicos de apoio comunitário e também na área da saúde, algumas das áreas da saúde. Depois temos também alguns projetos de inovação e empreendedorismo social financiados pelo Portugal Inovação Social, nomeadamente na área da literacia digital, na promoção do voluntariado jovem e também da empregabilidade para pessoas com 45 ou mais anos. E também trabalhamos muito forte na área do apoio às pessoas em situação de sem abrigo em que temos um Centro de Alojamento de Emergência Social (CAES), que tem neste momento uma capacidade máxima para 14 pessoas que funciona desde março de 2020.
GCAC - Em resposta à pandemia e tem sido dada continuidade na resposta….
AG - Felizmente, temos um excelente trabalho que tem sido muito conseguido, os números dizem-nos isso. Estamos a falar de quase 80 pessoas que já por lá passaram. Temos também, mais recentemente, um protocolo com a Segurança Social, de dois apartamentos de autonomização.
GCAC - Junto da população sem-abrigo?
AG - Portanto, com as pessoas que estão no CAES trabalhamos as questões de empregabilidade e outras condições e a partir do momento em que elas têm condições financeiras para se autonomizar, ainda que elas não sejam já sistematizadas, podem transitar para o apartamento de autonomização onde nós trabalhamos com elas a efetiva autonomização. Temos dois, uma capacidade máxima de 10 pessoas num protocolo com a Segurança Social e no apoio também como a Casfig e com a Câmara Municipal de Guimarães. Temos também com a Câmara Municipal, com a Sol do Ave e o Lar de Santo António projetado um albergue para 30 pessoas em situação de sem-abrigo, para pernoitar. Temos também mais um apartamento de autonomização, temos o ensino do socorrismo onde somos acreditados e temos, com a Associação de Futebol de Braga, um programa de Apoio à Desfibrilação Automática Externa aos clubes e aos agentes desportivos do distrito.
GCAC - O impacto da vossa existência em Guimarães é incontornável, não é?
AG - O impacto é uma coisa que nós tentamos sempre medir e fazer a avaliação da nossa ação. E eu diria que o resultado, os indicadores e as métricas têm-nos mostrado que a Cruz Vermelha ocupa um espaço que, eventualmente, outra organização, poderá não ocupar pelo menos da forma como nós estamos a trabalhar. Acreditamos que não somos insubstituíveis mas podemos dar um bom contributo complementar às organizações e ao trabalho já desenvolvido em Guimarães. Mas sim, o impacto é, francamente, positivo, naturalmente, mais numas áreas de intervenção que outras. Mas temos essa consciência que é um caminho que temos feito e que temos muito para aprender também com os outros.
GCAC - E planos para o futuro? Na estratégia até 2030 o que é que se prevê?
AG - É fundamental trabalhar dois ou três aspetos: Primeiro, o vetor financeiro, mais uma vez a questão económica, a questão da sustentabilidade.
GCAC - A sustentabilidade financeira está garantia na Cruz Vermelha?
AG - Sim, felizmente goza de uma saúde financeira muito interessante porque a organização é muito vigilante, a direção é muito vigilante e isso é muito importante. Todos os projetos que nós temos em curso, todos eles praticamente absorvem os nossos trabalhadores. Mas também traz consigo um conjunto de desafios muito grandes para o futuro, nomeadamente naquilo que é mais do que abrir novas áreas de intervenção, mais do que explorar novos serviços, eu acho que o foco neste momento, não diria até 2030 mas pelo menos até 2025, é cimentar e solidificar os serviços que existem, porque são serviços muitos deles que iniciaram num processo pandémico e, portanto, carecem agora de sistematização e de fortalecimento. O que não invalida naturalmente que nós não possamos estar atentos a novas oportunidades, mas estamos a falar também de uma organização que passou de ter uma pessoa a tempo inteiro e de uma a meio tempo para quase 30 a tempo inteiro em dois anos. Em termos financeiros multiplicámos mais do que por dez o orçamento.
GCAC - Em relação ao programa Guimarães, Cidade Amiga das Crianças qual é, na tua opinião, a importância desta iniciativa?
AG - A iniciativa por si, da UNICEF é uma iniciativa de referência até porque é promovida por uma organização mundialmente conhecida. No que diz respeito a Guimarães e ao facto de Guimarães se apresentar como uma Cidade Amiga das Crianças eu acho que é um desafio muito grande, até porque eu acho que é fundamental nós darmos voz às crianças e quando dizemos darmos voz não é apenas ouvi-las, é fazer com que as coisas verdadeiramente aconteçam e as crianças sintam que fazem parte da solução e que as consigamos envolver de forma efetiva. Os resultados que têm acontecido são amplamente satisfatórios. Os eixos de intervenção, de uma forma ou de outra, abrangem praticamente todas as áreas da sociedade e sinto que tem havido um envolvimento muito forte, quer das organizações, quer das próprias crianças que se reconhecem e valorizam porque as crianças se não reconhecerem e valorizarem não se envolvem. E eu acho que Guimarães tem feito este caminho e, verdadeiramente, acho que não poderia ser de outra forma, até porque Guimarães, agora nem tanto, mas sempre foi um dos concelhos mais jovens do país. Mas de qualquer das formas, acho que é um projeto que tem que nos honrar a todos, mas que, para mim, traz um enorme sentido de responsabilidade, porque o projeto não depende apenas das pessoas que estão envolvidas nele, depende de toda a comunidade.
GCAC - Enquanto coordenador do eixo de Bem-estar Social do plano local do programa Guimarães, Cidade Amiga das Crianças Quais são as expetativas da delegação de Guimarães da CVP e do Armando em relação a este programa?
AG - A Cruz Vermelha é uma organização humanitária que trabalha para as pessoas logo aí tem esse ponto, nós aqui estamos a falar de pessoas. E depois a Cruz Vermelha tem uma área de intervenção, que é a da juventude Cruz Vermelha, que tem uma particularidade: trabalha de jovens para jovens, de crianças e jovens para jovens. E é uma área muito específica, que a Cruz Vermelha tem dirigida para crianças e jovens e, portanto, que é um trabalho de paz e que é fundamental naquilo que é a estratégia da Cruz Vermelha, quer a nível nacional, quer a nível internacional. Portanto, é-nos altamente natural trabalharmos com e para as crianças nas mais diferentes áreas: na área da educação, na promoção da saúde, na área da promoção da educação ambiental, portanto, nas questões da igualdade de género, nas questões da não violência no namoro, na promoção da paz e da igualdade. Há toda uma área de intervenção da Cruz Vermelha que se alinha com aquilo que são os pressupostos que estão definidos no Projeto Cidade Amiga das Crianças e, portanto, ainda por cima o eixo do Bem-estar Social. Nós sentimos que era, absolutamente, lógico nós estarmos integrados no projeto, como coordenadores ou não, não é o mais importante. Porque o coordenador aqui no fundo acaba por ser uma pessoa que vem ajudar a mediar e que naturalmente estamos honrados com o reconhecimento, mas o fundamental era estar envolvido e fazer parte ativa no projeto.
GCAC - Então, como é que se consegue estimular a sensibilização das crianças em relação à participação social?
AG - Naturalmente que, se nos reportamos aos dados que temos recebido e aos resultados, facilmente, percebemos que as crianças e os jovens, quando verdadeiramente envolvidos, participam ativamente de forma altamente crítica, responsável e capaz. Mas eu acho que também depende muito dos adultos esta lógica da consciência e da perceção da realidade, porque não poucas vezes cometemos o erro de achar que as crianças não trarão ideias novas, não têm opinião própria, quando é exatamente o contrário. Eu acho que nós temos muito a aprender com isso. No caso do envolvimento da CAC, tudo aquilo que temos visto são projetos e envolvimentos e participações altamente pertinentes e ativas por parte das crianças, que nos mostram uma realidade ou pelo menos mostram-nos novas perspetivas da mesma realidade, porque isso é fundamental: esta capacidade de nós conseguirmos ter uma leitura multidisciplinar, muitas vezes heterogénea e na diversidade, encontrar aqui um ponto de equilíbrio para que nós percebamos que… nós temos muito a tendência a ver o mundo, à nossa imagem. Nós queremos fazer um projeto para crianças ou para quem quer que seja e cometemos o erro muitas vezes de não perguntar às pessoas o que elas querem, o que elas acham. E aquilo que eu tenho sentido aqui é que quando nós nos dispomos a estar com as crianças e a ouvi-las, nós ficamos surpreendidos, porque as expectativas que nós criamos são contrárias. Quando estamos dispostos a destruir alguns construtos até mentais e conceptuais e de acharmos que a criança é uma um adulto em miniatura, percebemos que não, que tem vontade própria, tem alto sentido crítico, alto sentido responsável. Portanto, cabe-nos também a nós - enquanto educadores, enquanto pais e mães e encarregados de educação e também enquanto cidadãos, porque posso nem ser nem pai nem mãe mas sou um cidadão ativo, com participação direta - perceber a relevância e a importância que é o contributo das pessoas e das crianças e jovens, porque têm, perfeitamente, o seu sentido crítico apurado. Agora acho que nos cabe também a nós, enquanto adultos, criar condições e disponibilizar um conjunto de ferramentas para que as próprias crianças, por si, sigam aquilo que acham que lhes é mais conveniente, porque tendemos a decidir por eles.
GCAC - Em termos sociais, quais são as maiores preocupações relacionadas com as crianças no futuro?
AG - A questão da pobreza, a questão da não equidade e a não igualdade de oportunidades, acho que é um desafio muito grande porque isso logo à partida, envieza o futuro das pessoas. A questão da violência doméstica e depois mais até, eventualmente, na pré-adolescência ou adolescência, a questão da violência.
GCAC - Mas quando se fala nessas realidades de violência, elas são mais visíveis, mais facilmente identificadas ou realmente aumentaram?
AG - Eu também não tenho base sustentada para responder a isso. Aquilo que eu sinto e aquilo que me assusta muitas vezes é a indiferença perante esse tipo de comportamentos e isso faz com que eles continuem a existir. E, portanto, eu acho que também nos cabe a nós, não é educar crianças, é educar a sociedade para essa sensibilidade e para essa resposta, porque é uma resposta de todos.
GCAC - Em termos de futuro, uma Cidade Amiga das Crianças dá resposta a estas questões que enumeraste?
AG - Eu acho que será difícil darmos respostas a todas, espero é que caminhemos nesse sentido. E eu acho que é fundamental, porque o próprio projeto diz, é Cidade Amiga das Crianças, não é um grupo de trabalho, nem um conjunto de professores e educadores que contribuem para isto. Eu acho que o desafio é mesmo este: vermos Guimarães todo o concelho, como uma cidade, um concelho amigo das crianças, em todas as dimensões do nosso dia-a-dia e da nossa vida pessoal, social, profissional. Mais do que desenvolver uma, duas, três ou quatro grandes atividades é criar uma consciência cívica coletiva. Eu acho que esse será o maior desafio, mas também acho que é o mais interessante.
GCAC - E estamos no bom caminho?
AG - Sim, sim. Eu acredito que sim.