A Biblioteca Municipal Raul Brandão (BMRB) anda há três décadas a fazer magia a incentivar os miúdos e os graúdos vimaranenses a ler. Mas os sábados são, especialmente mágicos porque as manhãs são preenchidas por atividades que aliam os livros às artes, ao conhecimento e ao convívio intergeracional.
Os livros, as histórias que contêm e as estantes que os suportam têm vindo a testemunhar a passagem de várias gerações pela Biblioteca Municipal Raul Brandão. São 30 anos, em que o encontro entre os leitores e os escritores, às vezes, acontece sem que se dê conta, em Sábados Mágicos que tornam a experiência da leitura num processo partilhado, lúdico e inesquecível.
“Os objetivos são potenciar junto da comunidade o papel de relevo e afirmação do livro, da leitura e das literacias como fundamentais para o crescimento dos jovens enquanto cidadãos de pleno direito, informados, criativos e reflexivos”, começa por explicar a diretora da BMRB, Juliana Fernandes. A responsável acredita que é necessário “democratizar o acesso à informação, torná-la uma ferramenta capaz de mudar mentalidades, criar igualdade e liberdade”.
E os Sábados Mágicos têm proporcionado horas do conto animadas, teatro de fantoches, oficinas de escrita criativa, oficinas de música, ateliês de expressão plástica, ateliês de expressão corporal como dança, yoga, pilates, por exemplo. Mas também promovem oficinas de intervenção social e cívica.
Tem sido assim todos os sábados do mês para crianças com idades compreendidas entre os 0 e os 12 anos acompanhadas sempre pelas famílias. A participação é gratuita. “Todas a atividades excedem o limite das inscrições e o feedback tem sido muito positivo”, avalia Juliana Fernandes. As atividades são divulgadas todas as quartas-feiras anteriores ao final do dia através dos meios digitais da BMRB: Facebook, Instagram, site e mailing list.
Se já não vai à Biblioteca Municipal Raúl Brandão há muito tempo ou nunca a visitou, está na hora de o fazer. Seja para participar num Sábado Mágico em família ou apenas para requisitar livros de forma gratuita tanto neste espaço localizado na rua Santa Maria, no centro da cidade, como nos outros três polos disponíveis: nas Taipas, em Pevidém e em Lordelo.
Pode ainda procurar o serviço itinerante de proximidade com as comunidades mais afastadas do concelho e ainda o Bibliocafé, disponível em cafés, hospitais, associações, lares e no estabelecimento prisional. “É um serviço de disponibilização de baús com livros às cafetarias do concelho, associações, hospitais, hotéis, estabelecimento prisional, lares, escolas, etc., numa política de proximidade da população com o livro e a leitura”, descreve a diretora da BMRB.
Como bandeira e incluídos no Plano Local de Leitura “Ler é Património” existem outros importantes projetos, como é o caso da “Semana Concelhia da Leitura” que é desenvolvida em estreita coordenação com a Rede de Bibliotecas Escolares dos diferentes agrupamentos de escola de Guimarães. São realizadas várias iniciativas, em estreita colaboração com a Biblioteca Municipal, que contam com o envolvimento de toda a comunidade escolar.
A BMRB está também envolvida na promoção do “Concurso Nacional de Leitura – CNL”, uma iniciativa que pretende celebrar e estimular o gosto pela leitura e pela escrita, com vista a melhorar o domínio da língua portuguesa, a compreensão leitora e os hábitos de leitura.
A 16.ª edição desta iniciativa promovida pelo PNL2027, em articulação com a Rede de Bibliotecas Escolares, a Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, o Instituto Camões – Instituto de Cooperação e da Língua, a Direção-Geral de Administração Escolar/Direção de Serviços de Ensino e das Escolas Portuguesas no Estrangeiro, a RTP, os Municípios, as Bibliotecas Municipais e os Agrupamentos de Escola decorre até ao dia 3 de junho, dia da grande final.
Também está à porta o Festival Literário Húmus, que este ano decorre entre os dias 07 e 12 de março. Este evento, criado em 2017 para celebrar os 150 anos do nascimento de Raul Brandão, busca promover, segundo explica Juliana Fernandes, “junto da comunidade escolar, o ver para aprender, com uma programação em torno do livro, da escrita, dos escritores, das leituras e novas literacias digitais”. “Pretende reforçar a dimensão literária no panorama da oferta cultural da cidade, levando a leitura ao espaço público, articulando a leitura com as várias artes performativas e o seu impacto na cidade e no concelho”, refere a diretora da BMRB. Envolvendo a comunidade em geral na evocação de um dos maiores escritores portugueses este festival “tem, igualmente, como objetivo, promover a fruição cultural, tendo por base o contacto com autores de várias áreas”.
Em estreita colaboração com as instituições de terceira idade do concelho, o projeto “(Re)Descobrir” foca-se em ações de aprendizagem ao longo da vida, assumindo diferentes abordagens, da dança, à música, à palavra dita e escrita.
O Catálogo Coletivo Concelhio é um serviço agregador dos recursos bibliográficos das várias bibliotecas públicas do concelho e apresenta-se como um instrumento potenciador de conhecimento e da informação, em constante manutenção e evolução. “Estima-se a inclusão de novos acervos de instituições do concelho de Guimarães”, adianta Juliana Fernandes.
Dirigido às crianças existem ainda “Leituras Animadas” com o intuito de valorizar a leitura em voz alta, a animação de histórias e assim potenciar o direito ao imaginário e ao ler por prazer. Por mês há várias horas do conto presenciais e online e também teatro de fantoches.
São ainda promovidos encontros com escritores, exposições itinerantes, quizzes literários e concursos de escrita, de ilustração e de soletração. Diariamente, pode assistir ao “O Nosso Quiosque”, um programa online de divulgação diária das notícias dos principais jornais e revistas.
Contactos:
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